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| ACESSIBILIDADE |


Quando falamos em projeto de acessibilidade, logo pensamos em rampas, barras metálicas, feitas para cadeirantes e/ou pessoas com dificuldade de locomoção ou impossibilitadas em algum dos sentidos, como visão ou audição.... Enfim, notamos isso até mesmo em manuais e normas de projetos voltados à acessibilidade.



A palavra ACESSIBILIDADE é a questão em si, o foco de um projeto acessível precisa ser ACESSÍVEL A QUALQUER PESSOA. Sim, usei caixa alta para dar enfase a essa questão, mas qual questão??? Simples, qualquer um de nós podemos um dia necessitar fazer uso de algum mobiliário urbano ou residencial que atenda a alguma dificuldade para exercer uma atividade "X".

Mas Camila, onde quer chegar??

O que quero dizer é que em nossa profissão como arquitetos, o nosso foco principal vai além de algo contemplativo ou estético, nosso objetivo deve ser sempre a satisfação do usuário.

E ainda hoje, em 2016, notamos muita deficiência em nossos projetos acessíveis. Parece que ainda não caiu a fixa de que um projeto de acessibilidade não é feito apenas para um cadeirante, e sim para o cadeirante, o idoso, a criança, pessoas de baixa estatura, pessoas que não enxergam , ouvem ou falam.


    Imagens: Pinterest

Hoje vou usar como exemplo o nanismo. O mundo em nossa volta é feito para pessoas de tamanho médio e muitas vezes, atividades que são consideradas tarefas simples para alguém que é de estatura média é muito mais difícil para aqueles que são de menor estatura. Você já parou para pensar que deve partir de nós, arquitetos/ designer, proporcionar a essa parcela da população (20 mil no Brasil), um dia a dia com o mínimo de dificuldades possíveis?


   Natalia Cruz:  (Foto: instagram @minilookdodia )

Fazer alterações às suas casas, ao contratar um arquiteto/marceneiro que pode construir armários e móveis personalizados que se encaixam seus corpos e tamanhos, pode ser um desafio, haja vista que as normas de ergonomia em nosso pais simplesmente não cogita essa possibilidade.

Aqui embaixo tem alguns tópicos interessantes a serem pensados na hora de projetar:

  • Cuidado com altura de bancadas, armários, pias, distância e altura de torneiras. Para quem tem nanismo, normalmente andam com banquinhos pra todo lado, justamente pela dificuldade de utilizar o mobiliário dentro de casa. Quanto as pias, não basta que sejam baixas. Elas precisam ter uma distância pequena para a torneira, de modo que uma pessoa com membros curtos consiga abrir e fechar.
  • Atenção com chuveiros, descargas, fechaduras e trincos de janela, deve ser a mesma. No caso do chuveiro, verificar a possibilidade de adaptar a chave de temperatura. Quanto a descargas, optar por caixas acopladas, pela facilidade de sua utilização por pessoas de baixa estatura.
  • Altura de acendedores, caixas de energia, registros de água, todos esses itens são de extrema importância e de utilização constante de qualquer morador. Por que então não colocá-los em alturas que seja acessíveis a todos? Ou vamos precisar sempre de escadas, cadeiras e banquinhos, estando sempre sujeitos a quedas e escorregões?
     Natalia Cruz:  (Foto: Lucas Lima)

Por fim, deixo a reflexão de como devemos levar a sério a acessibilidade em nossos projetos, de forma que a inclusão social seja sempre 100% bem sucedida. E você, já projetou algum apartamento adaptável??? Mora em um??? Como foi ou é a experiencia?? É importante para nós essa troca de informações!




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